Louco Sonhador |
Conto:
Leandro Bahiah.
Imagem: Internet.
Sob uma ponte antiga de concreto, numa tarde
de sol, Carlito Silva no auge da sua loucura discursava para me e centenas de
morcegos que alojavam no teto da ponte: – Um dia, sentirei orgulho de tudo ou
quase tudo que fiz na minha vida, por isso, farei de um tudo para não macular a
honra da minha família. Nem tão pouco a imagem da minha Cidade, do meu Estado
ou do meu País que tanto amo. – Carlito, rapaz pobre, negro, de dentes alvos, na
cabeça ostentava um lindo rastafári, embora estivesse sujo, calças rasgadas,
sobre um banco de areia. Carlito Silva erguiam os braços e depois de uma pausa
devido aos aplausos imagináveis, dando prosseguimento no discurso:
– Sempre
estarei atento. Denunciando as injustiças, ajudando os irmãos necessitados,
pautando-me na caridade e solidariedade cristã. Colaborando com a constituição
brasileira, amarei o próximo e adorarei a Deus sobre todas as coisas, como nos
ensinara Jesus Cristo.
– Tu és
inteligente Carlito! – disse.
– Não
interrompe amiguinho. – disse Carlito olhando para me, e recomeçando o seu
discurso.
– Caso ocorra algo que não fora do seu agrado. Encare! Não coloque
culpa em Deus... Somos pequenos para entender os desígnios Dele. Diferente do
olhar humano para com o homem às vezes.
Carlito Silva não tinha
mãe, pai, irmão ou primo. Apareceu uma certa vez vindo de alguma lugar da
Bahia, solitário, porém, jamais sozinho ,porque levava consigo a imaginação e
tendo como companheira por sua vez, a loucura:
– Atentai bem para as
oportunidades que surgirão na sua vida. Você deverá aproveitar todas as
oportunidades? Claro que não. Algumas oportunidades são barcas furadas. Por
isso, deveremos esta munida de conhecimento e sabedoria para fazer nossas
escolhas, e desposar das oportunidades oferecidas.
– Já esta tarde Carlito. – disse.
–
Calma, amiguinho. Está chegando o final... – salientou Carlito. – Não queres
seguir o meu conselho? Tudo bem; prova que tens personalidade, entretanto, às
vezes um conselho não é de todo mau. Exerça o seu livre arbítrio! Mesmo
porque não sou o dono da verdade. Todavia, busque sempre a verdade e terás tu
felicidade plena. Muito obrigado!_ finalizou o seu discurso Carlito curvando-se
para um público imaginário, e sorria um sorriso bonito que iluminava a penumbra
daquele fim de tarde.
Colaboração: Leandro
Bahiah.
Arte: Pedro Henrique.
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